Quarenta e três anos, mulher, câncer avançado do intestino grosso. Bonita, depois de tantos tratamentos fracassados. Pais idosos, dois filhos jovens, um ex-marido, um namorado. E um medo grande da morte, o que não a deixava dormir. Todas as medicações possíveis foram usadas para ajudá-la, mas nada funcionava. Talvez dormir fosse morrer um pouco. Será que ela pensava isso?
Ficou triste quando um paciente idoso partiu. E, a partir daí começou a pensar mais na sua viagem. Dizia que não podia morrer neste momento, que ainda tinha coisas para fazer.
Foi deitar na véspera daquele dia, apesar de saber que não pegaria no sono, que brigaria novamente com a medicação, mesmo que sem querer. Seu pai era seu cuidador e seguia o pacto do silêncio.
No dia seguinte ele diz que ela finalmente dormiu, por volta das 5 da manhã.
- Estava muito cansada, fazia noites que não pregava os olhos. Agora ela está dormindo como uma pedra, disse-me ele com olhinhos esperançosos.
Fomos vê-la. Sem motivo algum, ela havia desligado o botão. Estava tranqüila, com seus sinais vitais normais, parecia dormir. Entrou em coma e morreu no final daquele dia.
Ninguém acreditou.
Ficou triste quando um paciente idoso partiu. E, a partir daí começou a pensar mais na sua viagem. Dizia que não podia morrer neste momento, que ainda tinha coisas para fazer.
Foi deitar na véspera daquele dia, apesar de saber que não pegaria no sono, que brigaria novamente com a medicação, mesmo que sem querer. Seu pai era seu cuidador e seguia o pacto do silêncio.
No dia seguinte ele diz que ela finalmente dormiu, por volta das 5 da manhã.
- Estava muito cansada, fazia noites que não pregava os olhos. Agora ela está dormindo como uma pedra, disse-me ele com olhinhos esperançosos.
Fomos vê-la. Sem motivo algum, ela havia desligado o botão. Estava tranqüila, com seus sinais vitais normais, parecia dormir. Entrou em coma e morreu no final daquele dia.
Ninguém acreditou.