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Ela foi professora. Talvez uma daquelas professoras enérgicas que não se vê mais nos nossos dias. Mas daquelas que, certamente, a maioria de nós já teve uma igual.
Casou-se, não teve filhos porque viveu para sua profissão. Ou talvez porque não conseguiu tê-los mesmo.....quem poderá dizer?
Daí o tempo passa e, claro, envelhece. E como a maioria dos velhos deste país injusto, adoece. Aparece uma hipertensão aqui, um diabetes ali, artroses....encolhe. Porém, o pior ainda viria: Alzheimer. E saiu de órbita. Dizem...
Mas não dava para acreditar que ela estivesse completamente demenciada, pois quando lhe falávamos baixinho, perto de seu ouvido, lançava um olhar que desmentia tal hipótese. Parecia entender tudo e, mais do que isso, querer falar com a gente.
Saiu de cena, após longos meses naquela cama. Era nossa queridinha, nosso amuleto da sorte...O que será de todos nós agora?
3 comentários:
Salut ma chére...
il faudrait écrire quelque chose ici por dire coucou au moins.
Gros bisou...
Querida amiga,
Estou tão longe dos blogs que não me despedi. Pelo menos agora, sei onde encontrá-la.
Saudades, beijo,
Laura
Há pessoas assim, e às vezes só descobrimos o que na verdade representavam para nós quando já se foram. Gosto muito de sua filosofia dos paliativos. Também tenho andado por esses caminhos. Um beijo, querida.
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