"É a imagem na mente que nos une aos tesouros perdidos, mas é a perda que dá forma à imagem." Colette

segunda-feira, setembro 11, 2006

O tempo que resta.....


Filme de François Ozon, o segundo de uma provável trilogia sobre a morte. O primeiro, Sous le sable, com Charlotte Rampling, é muito bom......Mas, Le temps qui rest é melhor ainda.
Claro, meio deprê para quem entra desavisado no cinema, como todo filme que toca no assunto finitude. Neste caso, o protagonista jovem descobre ser portador de câncer e ter pouco tempo de vida. Não vai em busca de resgates. Pelo contrário, foge deles.

Confesso que saí do cinema como se tivesse levado um soco no estômago, tamanho desconforto que o filme me causou. Parei para um café, mas não conseguia engolir nada. Só tinha urgênia de correr para bem longe. Mas, para onde?

Embora esteja certa de que minha vida, daqui por diante, será mais dedicada aos cuidados paliativos que à cirurgia, sinto que muitas vezes o tema morte me faz sofrer. Não sei ainda se sofro pelos que foram ou pelos que irão....
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Hoje tivemos música para nossos pacientes. Um quinteto de metais muito bom, cinco saxofones...Todos gostaram, nós mais ainda.
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Prometi-me ser mais assídua por aqui. Vou cumprir.

1 comentário:

Anónimo disse...

Minha cara ALMA,
Espero que você tenha a sabedoria e a a força para seguir este caminho dos cuidados paliativos, onde enxergo a realização de uma grande missão. Que possa levar aos doentes sua palavra amiga e que continue nos trazendo suas reflexões.
Que Deus te abençôe nesta missão.
Amitiés,
BetoQ.

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