Engraçado, mas nesta data eu escrevi um post falando de um paciente que acabara de partir...o post sumiu.
Por conta da perda deste paciente, senti-me mal, entrei em crise. Normal isso, dizem os paliativistas mais experientes, incluindo os psicólogos.
Prontamente, escrevi para um amigo querido que eu havia , felizmente, reencontrado na noite de Natal- ele foi meu presente de Natal- e que eu achei que entenderia meu desabafo.
Qual nada.....ele leu entrelinhas que não existiam e ainda me julgou. Disse que não era à toa que eu estava tratando de pacientes que iriam morrer, como se fosse algo patológico da minha personalidade. Doeu....doeu muito.
2 comentários:
Amiga minha, teu sonho deve ser algum tipo de anseio não-revelado da minha parte. Vc fala aqui de sua nova especialidade que traz, no próprio nome, certa paz de que preciso agora. Não sei se já te falei, mas ando com uma dor imensa desde o ano passado. Meu sobrinho caçula, que vi nascer literalmente (na época estava no quarto ano médico e fui auxiliar no parto), está com leucemia. A medula não reage a nenhum tipo de quimio e, sem medula remissiva, nada de transplante. O pior é vê-lo partindo aos poucos, olhar cada vez mais vago... dor... te beijo, tb ainda acreditando em anjos!
Putz! Imagino como a aparente incompreensão doeu mais do que a perda, que sempre dói demais mesmo. Não aprendi a lidar com elas, nem quando soam como alívio...
E quanto ao post... ele sumiu porque talvez só interessasse a quem certamente o leu, na escrita, no seu pensamento e no seu coração. Um abraço e espero que esteja melhor.
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